sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Principais Festas da Região Sul

-Oktoberfest: Essa festa acontece na cidade turística de Blumenau, em Santa Catarina, e foi inspirada na festa homônima ocorrida em Munique na Alemanha. A primeira edição aconteceu em 1984 e a festa surgiu com o intuito de divulgar as tradições alemãs no estado brasileiro. Conseguiram, pois a festa é a segunda alemã do mundo. O evento ocorre em outubro, com duração de 18 dias e recebe milhares de visitantes todos os anos. Acontecemapresentações musicais, danças e desfiles.

festa-da-uva.jpg-Festa Nacional da Uva: A primeira festa da uva aconteceu em 1931, na cidade de Caxias do Sul, no Rio grande do Sul. Por produzir a maior parte da produção de uvasdo estado, a cidade resolveu fazer uma festa para celebrar a fartura e a produção de vinho.

Um fato curioso é que, durante a Segunda Guerra Mundial, a festa foi interrompida por treze anos. Atualmente, o evento conta com a apresentação de diversos carros alegóricos, concursos e comidas típicas. Ocorre também a eleição de soberanas e embaixatrizes da festa da uva.

-Marejada: A marejada é uma festa ocorrida na cidade de Itajaí, em Santa Catarina. Esse evento abriga apresentações que lembram o mar. Isso interfere na culinária, nas exposições e apresentações ocorridas durante a festa que teve sua primeira edição em 1987.

-Festival de Cinema de Gramado: Esse festival foi criado a partir da ocorrência de uma Mostra de Cinema. A primeira edição ocorreu em 1973 e participa no incentivo ao cinema brasileiro. Os atores e produções premiados no evento recebem o Kikito de ouro, que se trata de uma estatueta que significa o deus do bom humor.

-Festa de Nossa Senhora dos Navegantes: Essa festa religiosa ocorre tem Santa Catarina todos os anos. A imagem de Nossa Senhora é levada por embarcações em uma procissão pelo mar.


Comidas típicas 

 O Chimarrão


Feito de mate amargo, servido quente e sorvido pela bomba, contido numa cuia ou porongo.
Roberto Ave-Lallemant (1812-1884) visitando o Rio Grande do Sul em março de 1858, registra a importância folclórica do mate: “O símbolo da paz, da concórdia, do completo entendimento – o mate! Todos os presentes tomaram o mate. Não se creia, todavia, que cada um tivesse sua bomba e sua cuia própria; nada disso! Assim perderia o mate toda a sua mística significação. Acontece com a cuia de mate como à tabaqueira. Esta anda de nariz em nariz e aquela de boca em boca. Primeiro sorveu um velho capitão. Depois um jovem, um pardo decente – o nome do mulato não se deve escrever; depois eu, depois o “spahi”, depois um mestiço de índio e afinal um português, todos pela ordem. Não há nisso, nenhuma pretensão de precedência, nenhum senhor e criado; é uma espécie de serviço divino, uma piedosa obra cristã, um comunismo moral, uma fraternidade verdadeiramente nobre, espiritualizada! Todos os homens se tornam irmãos, todos tomam o mate em comum!”

 O Churrasco
churrasco-gaúcho.jpg
Churrasco na vala: típico do Rio Grande
Uma das grandes honras do gaúcho é o churrasco que leva seu nome, como o molho que o acompanha leva o nome de à campanha referindo-se à maneira de comer no campo gaúcho. E, no entanto, a origem do churrasco não é gaúcha. Ou, pelo menos, não tanto quanto imaginam. O caso é que, no Brasil, como nas demais regiões da América, os descobridores não encontraram qualquer das espécies de gado doméstico da Europa. Foi só a partir do período das capitanias hereditárias e do governo-geral que o boi entrou aqui, vindo das ilhas do Cabo Verde, para o Recôncavo. Daí é que os grandes senhores, como os Dias d’Ávila e Antônio Guedes de brito, encaminharam-se para o sertão, onde ganharam enormes sesmarias para povoar de gado. Eles chegaram a Pernambuco e foram além, até o Piauí e o Maranhão, até o Ceará. O gado que chegou a Minas era mais explorado para dar couro, para fazer rolos, nos quais se acondicionava o fumo para a exportação. Do couro, lá, fazia-se tudo, mesa, cama e cadeira, roupas e alforje, arreios, pratos, copos, tudo. A carne era de segunda importância. Foi um cearense quem, procurando melhores terras para pasto, levou suas boiadas a Goiás e Mato Grosso, e para baixo, até o Rio Grande.

Doçaria Gaúcha

As receitas famosas e secretas, que deram à cidade de Pelotas um renome internacional, foram conseguidas por Dona Amélia Vallandro de um grupo de senhoras, ligadas a antigas famílias pelotenses. Daí surgiu o livro editado pela Editora Globo: Doces de Pelotas, em 1959. Sempre houve muita resistência à divulgação dessas receitas, em defesa de uma tradição centenária que fez de Pelotas o centro de uma doçaria sem rival.
Como foi que isso começou?
O açúcar era pouco e ruim. Quem duvidar – salienta Athos Damasceno – que atente para o mate amargo, o chimarrão do gaúcho, hábito que se lhe inveterou mais por necessidade do que por gosto. O colono, que a princípio era agricultor, logo virou campeiro. A carne e o couro logo tomaram conta da querência e a cana-de-açúcar que se plantava era pouca. A rapadura e a canguara de Santo Antônio da Patrulha tiveram muito nome. Aquela, envolta em palha de milho e até exportada; esta, chamada Lágrimas de Santo Antônio e vendida em garrafões bojudos que deixaram nome. O melado, em potes de barro, também foi famoso. Mas o mesmo não se pode dizer do açúcar. Muito doce, é certo, mas escuro e áspero, mascavo brabo, de má catadura e até sabor suspeito

Doces Receitas
Marmelada Branca

Os marmelos não devem ser maduros, somente inchados (quase verdes). Escolha frutas bem sãs, retire-lhes a flor e os pontos escuros, leve ao fogo em água fervente. Descasque-os depois, com faca de osso ou de plástico (para não escurecerem). Rale os marmelos com ralador aloucado ou de plástico, mas cuidado para não atingir os caroços. Proceda assim até obter ½ kg de massa. Com 1 kg de açúcar, prepare uma calda em ponto de refinar (que, aliás, já deve estar pronta quando ralar os marmelos). Nessa calda misture bem a massa de marmelo e leve ao fogo ligeiramente. Retire, bata-a um pouco até ficar açucarada por cima. Ponha a massa em forminhas (pequenas, sem untar). Cubra com filó e leve ao sol forte por 2 ou 3 dias. Quando estiver seca, retire a marmelada da forminha com o auxílio de palitos e leve-a novamente ao sol, com o lado oposto para cima, até secar. (Faça pouca quantidade de cada vez.)
A moça do cemitério

Em Porto Alegre, num ponto de taxi que fica na rua Otto Niemayer, esquina Cavalhada, às vezes aparece uma moça loira, lindíssima, usando sempre um vestido vermelho, muito bonito e chamativo. E sempre à noite. Ela toma um taxi e manda tocar para um lugar qualquer que passe pelo cemitério da Vila Nova mas, ao passar por este, ela simplesmente desaparece! Vários motoristas porto-alegrenses, muitos dos quais vivos até hoje, transportaram a moça-fantasma e repetem a mesma história.
Casa de MBororé

A lenda da Casa de MBororé (Missões)
No tempo dos Sete Povos das Missões, havia um índio velho muito fiel aos padres jesuítas, chamado MBororé. Com a chegada dos invasores portugueses e espanhóis, os padres precisaram fugir levando em carretas os tesouros e bens que pudessem carregar. Assim, amontoaram o muito que não podiam levar consigo – ouro, prata, alfaias, jóias, tudo!- e construíram ao redor uma casa branca, sem porta e sem janela. Para evitar a descoberta da casa pelo inimigo e o conseqüente saqueio, deixaram o velho índio fiel MBororé cuidando, com ordens severas de só entregar o tesouro quando os jesuítas voltassem às Missões.
Mas os jesuítas nunca mais voltaram. Com o passar dos anos, o velho índio morreu e o tempo foi marcando tudo, deixando as ruínas de pé como as cicatrizes de um sonho que acabou. Acabou? Não. A Casa de MBororé continua lá num mato das Missões, imaculadamente branca, cuidada pela alma do índio fiel que ainda espera a volta dos jesuítas.
Às vezes, algum mateiro –lenhador ou caçador- dá com ela, de repente, num campestre qualquer. Imediatamente dá-se conta de que é a Casa de MBororé, cheia de tesouros. Resolve então marcar bem o local para voltar com ferramentas e abrir a força a casa que não tem porta nem janela. Guarda bem o lugar na memória pelas árvores tais e tais, pela direção do sol e coisas assim. Sai, volta com ferramentas, só que nunca mais acha de novo a Casa Branca de MBororé, sem porta e sem janela.”
Boitatá

O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo no mato.
Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. Às vezes, surge também com a aparência de um boi gigantesco, brilhante.
Boitatá




Fazia bastante tempo que havia anoitecido. As pessoas estavam apavoradas, pensando que o dia não voltaria mais. E como a noite estava durando muito, tudo ficou desorganizado. Não havia mais carne. As colheitas não podiam ser feitas no escuro e ficaram perdidas. Todos estavam cansados da escuridão, daquela noite estranha, onde não brilhavam a lua nem as estrelas, onde não se ouvia um rumor, nem se sentia o cheiro dos pastos e o perfume das flores.
Tão grande era a escuridão, que as pessoas tinham medo de se afastar e não encontrar mais o caminho. Ficavam reunidas em volta das pequenas fogueiras, embora as brasas, cobertas de cinza, mal esquentassem... Ninguém tinha coragem sequer para soprá-las, tão desanimados estavam todos.
Não muito longe, numa gruta escura, vivia a Boiguaçu - a Cobra Grande - quase sempre a dormir. De tanto viver no escuro, seus olhos tinham crescido e ficado como dois faróis.
No início da longa noite, caiu uma chuva tão forte e seguida, que todos os lugares baixos foram inundados. Os bichos atingidos correram, aos bandos, para os lugares mais altos. Só se ouviam berros, pios, gritos. O que salvou as pessoas foram as fogueiras que, então, havia sido acesas. Não fosse isto, não teriam sobrevivido diante daquela multidão de bichos apavorados.
A água também invadiu a gruta onde morava a Boiguaçu. Ela custou muito para acordar e quase morreu afogada. Por fim, despertou; percebendo o perigo, deixou o esconderijo e seguiu para onde já estavam os outros bichos.
Diante da necessidade, todos acabaram ficando amigos: perdizes, onças, cavalos.... Menos o Boiguaçu. O seu mau gênio não lhe permitia conviver com os outros. Ficou de lado, o mais longe possível.
A chuva cessou, mas com a escuridão que fazia, os bichos não conseguiram encontrar o caminho de volta. O tempo foi passando e a fome apertando. Começaram as brigas entre eles. Brigavam às escuras, sem enxergar nada! Somente a Boiguaçu via tudo, com seus olhos de fogo.
Acontece que, se os outros animais sentiam fome, a Boiguaçu também andava com o estômago no fundo. Só não havia atacado por causa da grande quantidade de animais.
Se a cobra podia ficar muito tempo sem comer, os outros bichos já não podiam mais.
Ela percebeu isso e viu que era chegada a hora. Preparou-se, então, para o ataque. O que comeria em primeiro lugar? Um cavalo? Uma onça? Uma perdiz? Eram tantos, que ela nem sabia.
Os bichos têm preferencia por determinada coisa. A Boiguaçu gostava especialmente de comer olhos. Como era grande a quantidade de animais que ela podia atacar, naturalmente ia ficar satisfeita comendo apenas os olhos.
O animal que se encontrava mais perto era justamente uma enorme onça pintada. A Boiguaçu atacou-a. Fosse em outra ocasião e a onça não teria sido presa tão fácil, não! Porém, enfraquecida pela fome e cega pela escuridão, ela nem reagiu. A Boiguaçu matou a onça e comeu-lhe os olhos.
Logo depois, atacou outros animais. Mas só comia os olho.
Gostou tanto que não fazia outra coisa. Ou melhor: também dormia. Quando estava satisfeita, recolhia-se num canto e dormia, dormia.... Depois, quando a fome voltava, ela retornava ao seu trabalho de matar os companheiros.
Como sua pele era muito fina, ela começou a ficar luminosa, com a luz dos inúmeros olhos engolidos. Os que viram a cobra não reconheceram mais a Boiguaçu e pensaram que fosse uma nova cobra.
Deram-lhe, então, o nome de Boitatá, ou seja, cobra de fogo, nome muito apropriado, pois realmente ela era uma grande listra de fogo, um fogo triste, frio, azulado.
A partir de então, as pessoas não tiveram mais sossego. Viviam com medo de ser atacadas pelo monstro. Do jeito que ele andava matando os bichos, logo necessitaria atacar as pessoas.
Entretanto, tiveram sorte. A preferência do Boitatá foi a sua própria perdição.
Só comia olhos e, assim, foi ficando cada vez mais luminoso e mais fraco, também, pois os olhos não sustentavam, embora lhe satisfizessem o apetite. Tão fraco ficou que acabou morrendo, sem conseguir sequer sair do, lugar!
O monstro morreu, mas a sua luz esparramou-se pelos brejos e cemitérios e hoje pode tomar a forma de cobra ou de touro. Parece que, por castigo, o Boitatá ficou encarregado de zelar pelas campinas.
Logo que ele morreu, o dia surgiu outra vez. Foi uma alegria enorme. As pessoas voltaram a sorrir e as aves, a cantar. Tudo, enfim, voltou a ser como era antes.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Veja este Video da Dança de Pau de Fitas
A Dança de Pau de Fitas é Uma Dança Típica da Região Sul Brasileira.